segunda-feira, 27 de junho de 2011

Cuidados para evitar acidentes nas festas juninas




Segundo dados do Ministério da Saúde, de 2008 a abril deste ano, 1.382 pessoas em todo o Brasil foram internadas para tratamento de queimaduras provocadas por fogos de artifício. Durante o período junino os casos aumentam devido a práticas consideradas de risco, como soltar balões, fogos de artifício e montar fogueiras.
Para evitar acidentes, é preciso observar algumas medidas de segurança, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal alerta que a maioria desses casos de queimaduras poderiam ser evitados com medidas simples de segurança. “Boa parte dos acidentes acontece por negligência das pessoas ao manusearem esses artefatos explosivos. Quanto as fogueiras, não se deve acendê-las com álcool líquido, para evitar explosões, o ideal é isola-las para que as crianças não se aproximem, pois elas se sentem atraídas pelo fogo”, alerta o major Fábio Ribeiro.
Os balões de São João também oferecem riscos, pois podem cair acesos causando acidentes graves, além da brincadeira ser categorizada como crime. De acordo com a Lei de Crimes Ambientais (nº 9.065, de fevereiro de 1998) é crime soltar, fabricar, vender ou transportar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação. A pena prevista varia de um a três anos de detenção e/ou pagamento de multa.
Confira algumas dicas do cirurgião plástico do Hospital Estadual Alberto Torres em São Gonçalo-RJ, Bruno Alves Costa para evitar que as festas terminem mal.
  • Nunca soltar rojão segurando diretamente na mão, pois o explosivo pode sair pela outra extremidade. O ideal é interpor com vários rojões já usados ou mesmo varetas, deixando uma distância de pelo menos 60 cm da mão e afastado do rosto, e não o apontar para onde há pessoas circulando e fios elétricos.
  • Ao acender a fogueira, é importantíssimo molhar a madeira com álcool antes de acender e, de maneira alguma, jogar o álcool com a brasa já iniciando, pois o álcool líquido é facilmente inflamável e pode se alastrar para a mão de quem está acendendo. A proximidade de uma garrafa com a substância a locais quentes já um perigo para a combustão, pois a garrafa pode explodir, atingindo quem estiver por perto.

Primeiros socorros – Quando a queimadura acontece, o médico explica que o ideal é lavar o ferimento com água corrente sem sabão, para resfriar o local e retirar as impurezas, cobrir com um pano limpo e úmido e procurar o mais rápido possível atendimento médico. Não se deve colocar gelo no local, já que o gelo também queima a pele e pode piorar o estado do ferimento, e muito menos passar na queimadura substâncias como manteiga, pasta de dentes e óleo, que podem romper a pele, já fragilizada, ou, ainda, tentar retirar a roupa colada à pele queimada ou estourar bolhas que se formaram, pois estaria rompendo-se a barreira que foi criada para proteger a pele, o que poderia causar uma infecção.


Graus de queimaduras – Acidentes com fogos de artifícios e fogueiras podem gerar diversos tipos de queimaduras, que variam do segundo ao terceiro grau. As de segundo grau podem atingir epiderme e derme, camada mais profunda da pele. O local fica vermelho, inchado e com bolhas. Há liberação de líquidos e a dor é intensa. Se for um ferimento pequeno, é considerada queimadura leve. Nos outros casos, já é de gravidade moderada. É grave quando a queimadura de segundo grau atinge rosto, pescoço, tórax, mãos, pés, virilha e articulações ou uma área muito extensa do corpo. Quando atingem articulações como mãos, por exemplo, as áreas podem sofrer limitações de movimentos.
Quando a queimadura é de terceiro grau o quadro é grave. Ela atinge todas as camadas da pele, podendo chegar aos músculos e ossos. Como os nervos são destruídos, não há dor, mas a vítima pode reclamar de dor devido a outras queimaduras, de primeiro e segundo grau, que tiver. A aparência deste tipo de ferimento é escura (carbonizada) ou esbranquiçada. O tratamento para recuperação é cirúrgico, doloroso e pode levar anos, com uma série de intervenções cirúrgicas para tentar refazer o tônus das lesões, passando por cirurgias plásticas funcionais e estéticas.

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